Vagueios indiscretos não guardados em mim

segunda-feira, 3 de maio de 2010

eu olho, e ela sorri. olhamos em volta, a nossa amizade pode vir a estragar muita coisa. somos cuidadosas. esta espécie de código diverte-nos, mas preocupa.
ela avança para mim no seu andar perfeito e tão típico de tão adorável rapariga.
dou um ou dois passos. e de repente, desliguei.
em tão pouco tempo, o mundo pára e sou só eu e ela. o encontro , o abraço, o nosso olhar, cada palavra, cada gesto, cada sorriso. cada jeito. é extraordinário. tudo é tão simples, mas tudo é tão complexo. como se não nos víssemos há milhões de anos, mas também , como se tivessemos acabado de nos encontrar, depois de uns breves minutos.
há tanto e tão pouco a dizer.
naquele curto espaço de tempo, onde o relógio pára de contar, e o mundo paralisa completamente. naquele tempo em que nada do que possa acontecer nos poderá algum dia separar, eu sou feliz. onde todas as divergências, todos os problemas, toda a doença, todo o mal, e até todo o bem, não fazem qualquer sentido. porque no fundo, só nós sabemos o que é aquilo.
um abraço mesmo à nossa maneira. até pode ser o mais desajeitado, o mais curto, ou o mais longo possível. o mais bonito, ou o menos perfeito. mas só nós sabemos o que sentimos. só eu sei que dentro de mim , se forma todo um novo mundo, onde, apesar de na minha consciência estar presente tudo o que nos uniu e separou, e tudo o que chateou ou divertiu, eu vou sempre gostar de ti. na saúde, na doença, ou no que todos os outros quiserem.
porque nada nos vai separar mais do que nós quisermos. ou unir mais do que nós precisarmos.

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