Vagueios indiscretos não guardados em mim

sábado, 26 de março de 2011

«mas jurar parece um gesto em vão»
e é. podia jurar-te amor eterno. melhor. podia jurá-lo a mim mesma. mas não o vou fazer. vou esperar que seja a eternidade a fazer isso por nós.
mergulhei, e mantive-me submersa até que a falta de oxigénio retirasse de mim toda a capacidade de pensamento, deixando-me assim ficar, debaixo daquele imenso deserto molhado e salgado. senti o cérebro a gelar e a regelar, senti que não passavam de pequenos choques, que apesar de fortes, sustiam todos os meus problemas e angústias. depois vim à superfície, respirei fundo, aqui estou outra vez. pronta? mais que pronta. pra tudo.
«tudo vale a pena se a alma não é pequena» , pois eu bato o pé, digo e afirmo com toda a certeza do mundo. a minha? pois essa não é pequena. que eu sou do tamanho do que vejo, e não do que querem que eu seja. sou do tamanho que preciso de ser.