Vagueios indiscretos não guardados em mim. Frutos de devaneios concretos de gente que não sou sempre eu. Em 2010 tinha catorze anos. Em 2016 tenho 20. Está tudo aqui.
Vagueios indiscretos não guardados em mim
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
as lágrimas correm como a chuva. pergunto-me como é que o dia esconde tantos sons que só a noite nos revela. um carro ao fundo, os passos de alguém, assaltos imaginários de que me falaram.
o frio gela-me os ossos e sinto a cara a estalar. é madrugada já alta e nenhum dos sons me assusta. tenho medo é de eu assustar o que de mal se faz por ali.
afinal, uma miúda ruiva a chorar com os lábios e as mãos em sangue a gritar o nome de alguém não deve ser bonito de se ver.
domingo, 23 de dezembro de 2012
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