Vagueios indiscretos não guardados em mim

quinta-feira, 8 de abril de 2010

eu.

primeira pessoa , singular. palavra relativa. coisa complexa.
hoje sou desportiva,e amanhã passo a menina com o casaquinho de malha. talvez depois calce as botas e vista um lindo vestido. no dia seguinte visto-me bem demais e ponho a mala ao ombro. ou então calço as velhas all star, visto as calças gastas com a clássica mochila às costas. não sei!
eu sou eu.
sem algo definido, nem um plano traçado para todos os dias. improvisa. porque eu não digo que hoje sorria e amanhã chore, que hoje esteja calada e amanhã expluda com tantas palavras a quererem sair-me da boca. a única coisa que sei, é que vou ser sempre eu. com altos e baixo, sempre. inevitáveis perdas de energia, e momentos de menor alegria. mas e então? com a vida facilitada isto tinha graça? apesar dos prós e dos contras, a verdade é que a resposta é NÃO!
vive o que há para viver, agora! não queiras planear tudo. deixa ir. deixa acontecer. porque quanto mais definires ao milímetro o que há a fazer e a dizer, menos te divertes. tornas tudo uma obrigação a seguir pelo plano, e tudo se torna aborrecido. mudei de quarto em dois dias. a decisão foi tomada num minuto e no outro estava a ser posta em prática. resultado: diversão, conforto, e felicidade. a sensação de que o que pensei foi possível e já estava executado foi linda. espontâniedade é o que descrevo nisto tudo. e se tenho andado deprimida, triste e infeliz, essa tal espontâniedade é tudo o que me tem faltado. alguns conhecem-na como a atitude de que tenho falado. a atitude que me tem faltado. e a atitude que quero ter outra vez.