Vagueios indiscretos não guardados em mim

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

gritar, falhar-me a voz, queixar-me de tudo finalmente. sem medo de magoar. sem receio de me errar. sem olhos alheios a absorverem tudo o que acontece. com um lado compreensivo, mas sem um abraço no fim. gritar com lágrimas cheias de razão. soltar palavras que passam cada uma meticulosamente no meu cérebro, numa dança de reações infinitamente verdadeiras, e sem medo de se mostrarem. queria poder berrar, chorar, chatear-me com tudo, sem medir o tom de voz ou a intensidade das palavras, queria sentir-me livre... queria mandar tudo dar uma volta e sair daqui pra fora. queria poder esperar que viessem ter comigo.
mas ninguém vem, e a vida, essa é que não espera mesmo.

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